Bodyboard, um dos muitos desportos praticados no mar e que num arquipélago como os Açores devia ser mais bem aproveitado, pelo menos foi o que referiu Ricardo Ferreira, praticante há já 16 anos. Trata-se de um “desporto radical, próprio e original, porque no bodyboard há muitas manobras que no surf não se consegue fazer, por exemplo”, disse. No bodyboard usa-se uma prancha mais pequena e mais quadrada do que no surf , sendo que na prática o desportista tem de a ter sempre colada ao corpo para deslizar nas ondas. De acordo com um dos melhores praticantes da Região, é um desporto que deixa uma boa preparação física, principalmente nas pernas, “porque é com elas que se chega lá fora para apanhar as ondas”. Mas como tudo, também tem inconvenientes, como o de “perder a prancha e ficar no sítio do quebra ondas, levando com elas em cima, o que se torna uma situação complicada”. Daí que seja necessário que para aqueles que estão a iniciar a modalidade devam ir para o mar sempre acompanhados por um grupo de colegas. “O bodyboard, para quem não está habituado com o mar, pode ser complicado, porque embora possa não haver ondas pode haver correntes que nos podem pôr fora da costa, gerando situações muito complicadas em segundos”, frisou. No entanto Ricardo Ferreira salientou que apenas “é preciso tempo para se ganhar confiança e conhecimento”, aconselhando muita dedicação e prática em diversas zonas e condições de mar, procurando diferentes sítios de ondas, como as praias da costa norte da ilha de São Miguel. Isto porque o bodyboard “é um desporto indescritível, único, viciante, que ajuda a aliviar o stress do dia-a-dia”. Além disso, o desportista acrescenta que “estar dentro de um tubo, dentro de uma onda, é uma sensação indescritível e única. Ouvir o barulho do mar, a água a passar por cima de nós... só quem faz é que sabe a sensação que o bodyboard transmite, tal como o surf”. Quanto aos custos que esta modalidade desportiva pode ter, segundo Ricardo Ferreira “não é muito dispendiosa. Depende do que a pessoa quer gastar, porque já se consegue comprar em São Miguel material mais barato. Mas no caso de se querer investir e comprar material de melhor qualidade, há um variado leque à escolha”. “Em São Miguel, o bodyboard está bastante desenvolvido, havendo um grupo de cerca de oito atletas muito bons”. No entanto Ricardo Ferreira lamenta que os “atletas desta modalidade estejam um pouco esquecidos, porque temos cá cerca de três atletas que se fossem a provas nacionais faziam muito boa figura e traziam, certamente, taças de lá”. De salientar que Ricardo Ferreira participou, em 2005, em três etapas do campeonato nacional, ficando colocado em 17º lugar num total de 96 atletas, sendo que cerca de trinta eram atletas profissionais. “Esta foi uma das melhores experiências que o bodyboard já me proporcionou”, confessou. Quanto à sua pior experiência, o desportista revelou que “foi levar com uma onda em cima e andar enrolado na onda trinta metros debaixo de água e perder os pés de pato. Isto aconteceu há cinco anos atrás, na costa norte, num dia em que o mar estava muito bravo”.
sábado, 26 de setembro de 2009
“Um desporto indescritível, único e viciante” - Entrevista de Ricardo Ferreira ao Açoriano Oriental
Bodyboard, um dos muitos desportos praticados no mar e que num arquipélago como os Açores devia ser mais bem aproveitado, pelo menos foi o que referiu Ricardo Ferreira, praticante há já 16 anos. Trata-se de um “desporto radical, próprio e original, porque no bodyboard há muitas manobras que no surf não se consegue fazer, por exemplo”, disse. No bodyboard usa-se uma prancha mais pequena e mais quadrada do que no surf , sendo que na prática o desportista tem de a ter sempre colada ao corpo para deslizar nas ondas. De acordo com um dos melhores praticantes da Região, é um desporto que deixa uma boa preparação física, principalmente nas pernas, “porque é com elas que se chega lá fora para apanhar as ondas”. Mas como tudo, também tem inconvenientes, como o de “perder a prancha e ficar no sítio do quebra ondas, levando com elas em cima, o que se torna uma situação complicada”. Daí que seja necessário que para aqueles que estão a iniciar a modalidade devam ir para o mar sempre acompanhados por um grupo de colegas. “O bodyboard, para quem não está habituado com o mar, pode ser complicado, porque embora possa não haver ondas pode haver correntes que nos podem pôr fora da costa, gerando situações muito complicadas em segundos”, frisou. No entanto Ricardo Ferreira salientou que apenas “é preciso tempo para se ganhar confiança e conhecimento”, aconselhando muita dedicação e prática em diversas zonas e condições de mar, procurando diferentes sítios de ondas, como as praias da costa norte da ilha de São Miguel. Isto porque o bodyboard “é um desporto indescritível, único, viciante, que ajuda a aliviar o stress do dia-a-dia”. Além disso, o desportista acrescenta que “estar dentro de um tubo, dentro de uma onda, é uma sensação indescritível e única. Ouvir o barulho do mar, a água a passar por cima de nós... só quem faz é que sabe a sensação que o bodyboard transmite, tal como o surf”. Quanto aos custos que esta modalidade desportiva pode ter, segundo Ricardo Ferreira “não é muito dispendiosa. Depende do que a pessoa quer gastar, porque já se consegue comprar em São Miguel material mais barato. Mas no caso de se querer investir e comprar material de melhor qualidade, há um variado leque à escolha”. “Em São Miguel, o bodyboard está bastante desenvolvido, havendo um grupo de cerca de oito atletas muito bons”. No entanto Ricardo Ferreira lamenta que os “atletas desta modalidade estejam um pouco esquecidos, porque temos cá cerca de três atletas que se fossem a provas nacionais faziam muito boa figura e traziam, certamente, taças de lá”. De salientar que Ricardo Ferreira participou, em 2005, em três etapas do campeonato nacional, ficando colocado em 17º lugar num total de 96 atletas, sendo que cerca de trinta eram atletas profissionais. “Esta foi uma das melhores experiências que o bodyboard já me proporcionou”, confessou. Quanto à sua pior experiência, o desportista revelou que “foi levar com uma onda em cima e andar enrolado na onda trinta metros debaixo de água e perder os pés de pato. Isto aconteceu há cinco anos atrás, na costa norte, num dia em que o mar estava muito bravo”.
1 comentário:
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Boa entrevista kaveira!!! Dá-lheeee
ResponderEliminarNi hay! =P
Grande abraço.
Ass: Rodrigo Rijo