segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Mais argumentos contra a construção do resort de 4 estrelas de Rodrigo Herédia


É o destino turístico com quebras mais acentuadas em Portugal: Turismo afunda-se nos Açores

14 Dezembro 2012 [Regional]
Notícia publicada no Correio dos Açores
O número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros dos Açores (67,9 mil) decresceu em Outubro 18,7% em relação a período homólogo do ano passado. Esta quebra em São Miguel foi de 19,4%, o equivalente a 49.575 turistas.
De Janeiro a Outubro deste ano o número de dormidas nos estabelecimentos hoteleiros da Região (891 mil) caiu 7,1% em relação aos mesmos dez meses de 2011. Em São Miguel a quebra foi de 8,9%, o equivalente a 601 mil dormidas.
Os proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros da Região de Janeiro a Outubro deste ano (39,1 milhões de euros) caíram 10,1%, em relação ao mesmo período do ano passado. Em São Miguel, os proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros caíram 13,2%, o equivalente a 25.260 mil euros.
De Janeiro a Outubro os proveitos por aposento no arquipélago (28,6 milhões de euros) caíram 9,7%. Na ilha de São Miguel os proveitos por aposento caíram 13%, o correspondente a 17.773 mil euros.
Os proveitos totais nos estabelecimentos hoteleiros da Região de Janeiro a Outubro deste ano (39,1 milhões de euros) caíram 10,1%, em relação ao mesmo período do ano passado. Em São Miguel, os proveitos totais dos estabelecimentos hoteleiros caíram 13,2%, o equivalente a 25.260 mil euros. Para o total do país em igual período, os proveitos totais e os de aposento apresentaram variações negativas de 2,5% e de 1,5%, respectivamente, portanto, quebras muito mais reduzidas.
De Janeiro a Outubro do ano em curso os proveitos por aposento no arquipélago (28,6 milhões de euros) caíram 9,7%. Na ilha de São Miguel os proveitos por aposento caíram 13%, o correspondente a 17.773 mil euros.
Só no mês de Outubro último, os proveitos totais e os proveitos de aposento na hotelaria açoriana registaram variações homólogas mensais negativas, respectivamente de 22,8% e 21,7%. Uma quebra muito mais acentuada do que aconteceu na média nacional. De facto, em Portugal, os proveitos totais da hotelaria em Outubro caíram 4,5% em relação ao mesmo mês de 2011 e os proveitos com aposento decresceram 3%.
É evidente em todas estas estatísticas demonstram que tem sido a ilha de São Miguel que tem suportado a acentuada quebra no turismo no arquipélago, não só porque detém quase 64,6% da actividade como também em consequência de uma maior redução de turistas e proveitos em relação à média regional.
O rendimento médio por quarto nos Açores (Revenue Per Available Room) foi de 23,4 euros, correspondendo a uma variação homóloga negativa de 9,5%.
No país, neste período, o rendimento por quarto foi de 30,7 euros.
Muito menos turistas nacionais
O número de turistas nacionais que visitou os Açores de Janeiro a Outubro deste ano (370.701) representa 41,6% dos turistas que estiveram neste período no arquipélago. E foi precisamente ao nível do turismo nacional que se deu praticamente toda a quebra (menos 15,7%) na actividade no arquipélago ao longo dos primeiros dez meses. Só no último mês de Outubro, As dormidas dos residentes em Portugal diminuíram 28,2%
A leitura dos especialistas para explicar o facto de menos 691 mil turistas nacionais visitarem a Região nos primeiros dez meses deste ano em relação a igual período do ano passado – apesar das fortes campanhas promocionais realizadas no mercado nacional – é a de que as passagens aéreas continuam a estar demasiado caras entre Portugal continental e os Açores.
Ainda a semana passada, a responsável pela Associação Portuguesa dos Agentes de Viagem, na Região, Catarina Cymbron, dizia ao ‘Correio dos Açores’, que entende que os continentais não estão a viajar mais para a Região por as tarifas aéreas serem elevadas, deixando claro que não serão as empresas ‘low cost’ que vão resolver os problemas do turismo açoriano. Sublinhou mesmo que se deve encontrar no seio do grupo SATA soluções para tarifas mais baixas entre o Continente e o arquipélago.
Menos suecos e mais alemães
O facto é que o número de turistas estrangeiros que visitou a Região entre Janeiro e Outubro deste ano é praticamente o mesmo que em igual período do ano passando havendo uma variação homóloga negativa de 0,5%.
Apesar de o número de turistas suecos ter caído nos primeiros dez meses do ano na ordem dos 21,3% para 42 mil e do número de turistas dinamarqueses ter diminuindo 29,5%, para 41 mil; os aumentos de 31,2% no número de turistas espanhóis (56.594); e de 32,2% no número de turistas alemães (110.103) equilibrou as contas.

O número de turistas dos Países Baixos para os Açores também aumentou em igual período na ordem dos 4,7% situando-se nos 57.810.
Por estas estatísticas se verifica que o mercado turístico alemão está a destacar-se na procura do destino Açores, seguindo-se os Países Baixos e Espanha.
Especificamente em relação a Outubro, as dormidas dos residentes no estrangeiro que visitaram os Açores registaram uma diminuição de 8,7%.
Os Açores a caírem mais em Portugal
Na comparação com as outras regiões portuguesas, é mais notório que o destino Açores está isolado nesta quebra acentuada no turismo.
Algarve e Lisboa foram as únicas regiões a apresentar em Outubro crescimentos homólogos nas dormidas (+8,9% e +5%, respectivamente), o que se verifica desde Maio no que se refere ao Algarve e desde Março relativamente a Lisboa. As restantes regiões prosseguiram a tendência decrescente que tem predominado nos últimos meses, em particular nos Açores, que registou a quebra de 18,5%.
Nos Açores, a evolução homóloga em Outubro foi globalmente negativa (-28,2% de dormidas de residentes, representando 44,3% do total e -8,7% de dormidas de não residentes).
Como é habitual, as regiões com maior taxa de ocupação foram Lisboa (52,7%), Madeira (52%) e Algarve (40,3%). Em termos de evolução homóloga, o Algarve e Lisboa foram as únicas em que este indicador registou aumentos, de +2,3 pontos percentuais e +0,6 pontos percentuais respectivamente. Nas restantes regiões, os níveis de ocupação reduziram-se, com maior impacto nos Açores (-5,4 pontos percentuais) e no Centro (-4 pontos percentuais).
O rendimento médio por quarto nos Açores foi de 27,8 euros, menos 5,1% do que no mês homólogo do ano anterior.
As regiões com maior rentabilidade média foram Lisboa (48,5 €), a Madeira (30,7 €) e o Algarve (24,5 €). As duas últimas foram as únicas a registar uma melhoria face ao período homólogo (+2,5% no Algarve e +1% na Madeira). As restantes regiões decresceram, mais intensamente os Açores (-20%) e Lisboa (-11%).

Turismo Terceira Idade
Quatro mil idosos integrados em programa turístico em três anos

O programa de turismo para a terceira idade nos Açores possibilitou, em três anos, viagens entre as ilhas a 4.000 idosos, uma iniciativa do governo regional que continuará em 2013, foi anunciado.

O despacho da secretaria regional da Solidariedade Social publicado em Jornal Oficial e assinado pelas antigas secretárias regionais da Economia e do Trabalho e Solidariedade Social, com data de 28 de Setembro, fixa uma verba de 500 mil euros para a execução do “Programa 60+”, gerido pela Fundação Inatel, por considerar que se “mantêm válidas as razões” que justificaram o seu lançamento em 2008.

Para o executivo regional, essas razões, nomeadamente as relacionadas com a função social e com a dinamização da economia regional, são mesmo “reforçadas pela actual conjuntura económica e inerentes reflexos na actividade turística, hoteleira e da restauração”, refere o diploma.

Organizado e gerido pela Fundação Inatel, o “Programa 60+” decorre entre setembro e maio, possibilitando viagens às nove ilhas açorianas a 25 euros a residentes no arquipélago com 60 ou mais anos que incluem passagem aérea, alojamento, transferes, animação cultural e visitas a museus e a locais de interesse turístico.
Autor: João Paz



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