segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Turismo aposta em rentabilizar surf em Portugal

Notícia e texto original - Público

por Sónia Balasteiro

"Numa outra zona destruída pela construção de um porto de pesca, em Rabo de Peixe, nos Açores, há já um década, a SOS está a tentar recuperar a ondulação, através de um protocolo assinado com a Secretaria Regional do Ambiente e Mar dos Açores. "



McNamara surfou a maior onda de sempre, com 34 metros, e colocou a Nazaré nas capas de jornais de todo o mundo. Associação do Surf e Turismo de Portugal vai apostar neste desporto.

"O elevado número de visualizações na internet do surfista a ‘cavalgar’ a maior onda do mundo em 2011, convenceu o Turismo de Portugal de que é necessário apostar neste desporto. «Vamos assinar um protocolo com o Turismo de Portugal, que implica entre outros projectos, o levantamento das ondas de toda a costa portuguesa para conseguir rentabilizar o surf em Portugal e divulgá-lo», avançou ao SOL Manuel Valadas Preto, da Associação Salvem o Surf (SOS Surf).
Governo estuda protocolo
 
As potencialidades económicas para Portugal – os primeiros estudos apontam para os 100 milhões de euros ao ano gerados pela modalidade só em Sines, por exemplo – chamaram agora também as atenções do Governo, que decidiu entrar em entendimento com os surfistas. «Estamos em contacto com as secretarias de Estado dos Negócios Estrangeiros e a do Mar para divulgar o surf», avançou Valadas Preto.
Ambos os secretários de Estado estão, aliás, ligados à modalidade. O dos Negócios Estrangeiros, Luís Brites Pereira, é surfista, e o filho do secretário de Estado do Mar, Pinto de Abreu, também. A ideia do Executivo é fazer um protocolo para utilizar o surf como uma das bandeiras do país, para divulgação das potencialidades do nosso mar.
Mas nem tudo são ‘boas ondas’ no universo do surf em Portugal. Uma das maiores guerras da SOS é evitar a destruição dos locais ideais para a prática do desporto, como aconteceu em Aveiro e a Norte da Figueira da Foz e, mais recentemente, em São Torpes. Aqui a expansão de 300 metros do molhe de Sines ainda ameaça a modalidade na zona, a melhor para o surf a Sul do Tejo.
Numa outra zona destruída pela construção de um porto de pesca, em Rabo de Peixe, nos Açores, há já um década, a SOS está a tentar recuperar a ondulação, através de um protocolo assinado com a Secretaria Regional do Ambiente e Mar dos Açores.
Neste projecto da SOS Surf, desenvolvido para a Rip Curl Planet, prevê-se que seja reposicionado o molhe e criado um recife junto ao mesmo, para proteger as ondas, classificadas como das melhores para praticar surf nos Açores.
O novo porto de pesca começou a ser implementado, em Novembro, mas a ondulação intensa destruiu a obra, obrigando o governo regional a reiniciar os trabalhos. Agora, está em stand by, com a transição para o poder do novo executivo açoreano"
sonia.balasteiro@sol.pt





Sem comentários:

Enviar um comentário

Por opção editorial, o exercício da liberdade de expressão é permitido, excluindo,todos os comentários anónimos com linguagem inapropriada, considerada abusiva, que serão imediatamente apagados. Nas caixas de comentários abertas ao público disponibilizadas pelo Wave Riders Açores em www.waveridersacores.com. Os textos aí escritos podem, por vezes, ter um conteúdo susceptível de ferir o código moral ou ético de alguns leitores, pelo que o Wave Riders Açores não recomenda a sua leitura a menores ou a pessoas mais sensíveis.

As opiniões, informações, argumentações e linguagem utilizadas pelos comentadores desse espaço não refletem, de algum modo, a linha editorial ou o trabalho do Wave Riders Açores.

O Wave Riders Açores reserva-se o direito de proceder judicialmente ou de fornecer às autoridades informações que permitam a identificação de quem use as caixas de comentários em www.waveridersacores.com para cometer ou incentivar atos considerados criminosos pela Lei Portuguesa, nomeadamente injúrias, difamações, apelo à violência, desrespeito pelos símbolos nacionais, promoção do racismo, xenofobia e homofobia ou quaisquer outros.