Foto: Ricardo Fonseca a iniciar uma viagem mágica nos cilindros dos Areais de Stª. Bárbara
Desde criança o mar foi sempre o elemento natural assim diz minha mãe, Praticava sempre bodysurf todos os dias dos verões micaelenses e lembro-me bem que tinha de descer as mesmas ondas que o pessoal com a prancha no Pópulo para ser feliz nas ondas. O bodysurf era a base da minha preparação para o que fiz no futebol bem-me recordo. Deu-me sensibilidade pela forma de contato à sensibilidade com as pessoas, com o meio ambiente, com os animais como seres como nós. "Quem olha, tem alma".
2) Qual o teu spot favorito para surfar?
Areais. XXL com vento off-shore sul. Gosto muito do populo com vento off-shore de norte no inverno naqueles sábados ou domingos de nevoeiro, chuva. Há manhãs clássicas no nosso inverno com mar cor de prata de manhã. Dos Mosteiros a Nordeste temos spots lindos que merecem ser visitados, mantidos e ai cada rider é vigilante da natureza. São Jorge é santuário classe mundial. Ter os pros top de bodyboard e surf nos Açores é bom mas com projectos internos de migração interna entre riders, escolas de surf e bodyboard e stes movimento é que muda a sociedade para melhor performance em equilíbrio de sistema funcional.
3) O teu livro tem uma ligação muito forte com o mar e com as ondas, de que forma é que o bodyboard te influenciou ou influencia na tua escrita e neste livro em específico?
Foram 20 anos até chegar aqui ou talvez a minha vida até hoje mas o bodyboard é sentir a vida em si em estado puro. É a fonte de energia de tudo o que faço para mim e para os outros. Diria Viver Bodyboard num sentir terra e mar, não estar indiferente às pessoas, em ser-se solidário por tanto que o viver bodyboard me dá gratuitamente. O bodyboard é o motor deste livro que funde toda a existência dentro e fora dos Açores que teve o boost final com o falecimento de minha prima Daniela atropelada este início de ano. Estava a trabalhar na capa deste livro e num fim de semana vi mais de 300 fotos e não conseguia escolher uma e sentia-me totalmente bloqueado. Ao acontecer a tragédia percebi quem tinha de ser a capa. No sábado da mesma semana Areais deu-me um dos seus dias mais clássicos de sempre na minha vida com vento off-shore e brutal pico no centro da praia de manhã até as 21h00. Areais deu-me as condições para fazer a outra parte da capa como podem ver no meu mural. Isto aconteceu-me e não nego que sou Economista (Mestre). Este livro surgiu e tinha de sair assim de mim para o Mundo. Ir as escolas falar de bodyboard e os seus benefícios e contar a minha história de vida como aluno, desportista, Economista, Esritor para não passarem o que passei mas se tiverem de passar que seja já prevenidos face as dificuldades.
4) Onde podemos encontrar o teu livro à venda?
Para já na Livraria Gil em Ponta Delgada em dedicação ao sr. Gil bem me lembro de lá comprar os livros da escola e aquele sorriso que tinha que dava vontade de ler o livro mal saia de lá.
5) Tens outros projectos na "calha"?
Ser feliz sempre neste viver bodyboard mas na boa obter o Doutoramento em Economia na Universidade dos Açores e continuar investigação académica na área de economia. Já estou a trabalhar, já decorria em 2012, no meu novo livro. Criar um equilíbrio entre o profissional e pessoal de modo a que em cada ano vá visitar nas ferias diferentes spots mundiais, preparar um dossier de economia do mar em termos de spots de criação de fundos de pedra nos Açores com sustentabilidade ambiental. Não suporto ver no olhar de uma criança, um jovem, um adulto no querer estudar sendo ele refém do meio familiar onde vive. “O melhor livro que podes escrever é a tua vida”.
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